quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Saiba como controlar o disperdício dos alimentos e melhor aproveitá-los



Atualmente o desperdício de alimentos é um grave problema a ser resolvido, principalmente se tratando de restaurantes e de cozinhas industriais, onde a legislação e as boas práticas de manipulação e produção de alimentos exige que todo alimento produzido não deverá ser jamais aproveitado. Por isso a necessidade de fazer uma boa avaliação prévia do número de comensais, aliado a per capta de consumo de cada preparação, com a ajuda de um profissional capacitado, como é o caso do profissional nutricionista, afim de evitar o lixo de toneladas de alimentos prontos que vão fora anualmente, devido ao mau planejamento entre o que é gasto e o que é consumido .

Além desse planejamento, uma outra tentativa de evitar o desperdício é fazer o uso integral dos alimentos, ou seja, fazer preparações utilizando cascas, folhas e talos que comumente são jogados fora e que podem muito bem fazer parte de várias preparações, além de ser uma alternativa saudável, nutritiva, rica em fibras e em diversos nutrientes, podendo também acarretar na diminuição de custos relacionados a alimentação e nutrição.

O aproveitamento integral dos alimentos é a utilização de um determinado alimento em sua totalidade, alternativas essas, que geralmente causam até uma certa estranheza nas pessoas, devido a pouca informação sobre os princípios nutricionais e de que forma aproveitar; mas a prática de aproveitar os alimentos como um todo além de reduzir os gastos com alimentação, melhora a qualidade nutricional, especialmente em vitamina C, vitamina A, ferro, potássio entre outras vitaminas e minerais, já que em muitos alimentos, o teor nutritivo é maior em relação a própria polpa.

Veja o que aproveitar:

•Folhas de: cenoura, beterraba, batata doce, nabo, couve-flor, abóbora, hortelã, mostarda, repolho, brócolis e rabanete.
•Cascas de: batata inglesa, cenoura, chuchu, beterraba, abóbora, laranja, banana, abacaxi, mamão, maçã, pepino, berinjela, melão, maracujá, goiaba e manga.
•Talos de: couve flor, brócolis, beterraba, salsinha, couve e espinafre.
•Entre casca de: melancia e maracujá.
•Sementes de: abóbora e melão.

 Algumas dicas de como utiliza-los:

•Bater as cascas das frutas junto com a polpa no liquidificador. O suco poderá ser aproveitado também para substituir o leite no preparo de bolos.
•Cozinhe as verduras a vapor, assim elas conservam o seu valor nutritivo.
•A parte branca da melancia pode ser usada para fazer doce.
•Evite consumir folhas com aparência amarelada.
•Quando for ralar a casca do limão, nunca chegue a parte branca, pois ela é amarga e pode prejudicar o sabor.
•A casca da laranja pode ser usada em pratos doces, a base de leite como arroz doce e cremes.
•Talos de couve, agrião, beterraba, brócolis, salsa, etc. contém fibras e podem ser aproveitados em refogados com temperos, no feijão, em ovos batidos e na sopa.
•Assim com a canoura, sua folhas, também são ricas em vitamina A e podem ser utilizadas no preparo de tortinhas, sopas ou nas saladas.
Portanto, as cascas, folhas e talos que iriam para o lixo, podem ser bem aproveitadas, fazendo parte do seu plano alimentar e servindo para suprir as carências nutricionais do organismo, tornando ainda as refeições mais diferentes e com maior valor nutritivo.

Fonte: Retirado de www.ANutricionista.Com

Cruz Vermelha: número de obesos supera de famintos no mundo

O número de pessoas obesas supera o de famintos no mundo, mas o sofrimento dos desnutridos está aumentando, em meio a uma crescente crise alimentar, alertou a Cruz Vermelha Internacional nesta quinta-feira. O grupo humanitário, com sede em Genebra, dá destaque ao tema nutrição em seu relatório anual World Disasters Report, divulgado em Nova Délhi, que se volta para o abismo entre ricos e pobres e aos problemas causados pelo aumento recente dos preços.
 
Em estatísticas usadas para ilustrar o acesso desigual à comida, a Cruz Vermelha assinala que 1,5 bilhão de pessoas sofriam de obesidade no mundo no ano passado, enquanto 925 milhões estavam desnutridas. "Se a livre interação entre as forças do mercado produziram um resultado em que 15% da humanidade passam fome, enquanto 20% estão obesos, alguma coisa deu errado", disse o secretário-geral, Bekele Geleta.
 
O diretor para a Ásia e o Pacífico, Jagan Chapagain, em entrevista coletiva na capital indiana, assinalou que "o excesso de nutrição, atualmente, mata mais do que a fome". O problema da fome existia não porque faltava comida no mundo, lembrou Chapagain, mas por causa de falhas na distribuição, do desperdício, e do aumento dos preços, que tornou os alimentos inacessíveis.
 
O preço dos alimentos deu um salto global em 2011, aumentando os temores de um retorno da crise de 2008, que levou a distúrbios e à instabilidade política em vários países. O aumento do preço dos alimentos, que a Cruz Vermelha diz se dever à especulação e às mudanças climáticas, entre outros fatores, contribuiu para a instabilidade no norte da África e no Oriente Médio este ano. "Uma nova rodada de inflação está puxando muitas das pessoas mais pobres do mundo para a pobreza extrema, e para situações de fome severa e desnutrição", alerta a organização.
 
O World Disasters Report é uma publicação anual da Cruz Vermelha Internacional que procura dar destaque a um tema que gere preocupação em todo o mundo. O relatório do ano passado concentrou-se na urbanização, e o de 2009, no vírus HIV.

Fonte: